Olá! Caros leitores, decidi dar uma movimentada no blog e me aproximar um pouco mais de vocês, então, tive a ideia de criar a série “Experimente”, em que iriei indicar e comentar artistas que gosto e que acredito que ainda não são de grande conhecimento de um público mais massivo. Bem como, comentar como conheci os seus trabalhos e relatar algumas experiências com suas canções.
Minha primeira experiência com essa belíssima cantora foi em 2009. Comprei o primeiro disco solo da cantora Sandy, intitulado Manuscrito, a na ansiedade de conhecer quais os novos rumos que ela estava dando a sua carreira, me deparei com a canção Dias Iguais, logo de cara percebi que a canção havia sido feita em parceria com uma compositora que ainda não conhecia – mas tinha lido, em algumas resenhas e artigos pela internet, que Sandy havia convidado uma cantora estrangeira para participar do seu novo álbum –, era a Nerina Pallot.
Coloquei o disco no aparelho de som, e fui logo ouvindo a faixa que havia sido composta pelas duas cantoras. A canção iniciou, a primeira parte em português, cantada pela Sandy – muito bonita por sinal, já me surpreendi com a evolução da Sandy enquanto cantora/compositora –, quando ouvi a voz da tal cantora britânica... me apaixonei, era de uma suavidade tremenda, de uma potência e segurança invejáveis, aquela rouquidão doce me conquistou, bem como o sentimento expresso em sua interpretação, ímpar, singular.
Fui, então, procurar outras coisas dela, sua biografia, como surgiu, como descobriu o dom. Então, coletando informações, descobri que Nerina Natasha Giorgina Pallot, nasceu em Londres no ano de 1974, no entanto mudou-se muito nova para Jersey. Desde criança Nerina demonstrava aspiração para música, estudou piano e compôs sua primeira canção aos 13 anos de idade. Inspirada pela cantora Kate Bush, Nerina decidiu adentrar no universo da música, aos 27 anos lança seu primeiro disco, Dear Frustrated Superstar, pela gravadora Polydor Records, entretanto o álbum logo foi retirado das lojas e a cantora foi desvinculada da gravadora. Anos depois, até mesmo do lançamento do lançamento do segundo álbum da cantora, o disco foi reeditado e relançado, com algumas alterações em suas faixas.
Anos depois, em 2005, Nerina voltaria com um novo disco, Fires, desta vez, gravado por meio de um selo independente, Idaho, o que deu a artista total liberdade de criação e divulgação de suas canções, que foi muito bem aceito pelo público e pela crítica. Estaria emergindo uma das grandes revelações da Inglaterra nesse momento.
Em 2009 foi a vez do álbum The Graduate, que como Fire, é um álbum completamente autoral, em que Nerina desliza sua voz doce sobre arranjos sofisticadíssimos e letras belíssimas. O álbum foi bem aceito pela crítica e teve uma boa vendagem, embora alguns críticos questionassem o fato de que este disco se distanciava muito do anterior, a justificativa da cantora para isto ter acontecido não foi mais do que coerente, pois afirmou que não queria lançar uma segunda versão de Fire, mas, sim, um disco que mostrasse sua progressão enquanto compositora. Nerina divulgou o disco, lançou singles e, só dois anos depois, gravaria outro álbum.
Já 2011 foi um ano de grandes avanços na carreira da artista, com o lançamento de Year Of The Wolf, a cantora ganhou maior projeção na mídia, pois já era conhecida pelos álbuns anteriores. Lançou os singles Put Your Hands Up, Turn Me On Again e All Bets Are Off que se tornaram grandes sucessos. Sua participação, em 2009, no disco da cantora Sandy renderia frutos para sua carreira internacional, pois em 2010, Nerina viria ao Brasil gravar uma participação no DVD/CD, Manuscrito ao vivo, da cantora Sandy, no qual além cantar a música Dias Iguais, feita em parceira com a brasileira, cantou uma música de sua autoria, Idaho. Essa parceria lhe rendeu grande visibilidade dentre os brasileiros. Aproveitando sua vinda ao Brasil, Nerina Pellot fez seu primeiro show em terras tupiniquins, na casa de shows Bourbon Street Music Club, em São Paulo.
Nerina Pallot é o tipo de artista que encanta desde a primeira vez que você a escuta, dona de uma voz que ultrapassa a técnica – a qual domina muito bem –, pois toca a lama com sua sutileza, doçura e, não obstante, poderosa. Vale apena conferir o seu trabalho e se deliciar com o trabalho belo e primoroso da cantora.
Espero que tenham gostado da sugestão e que tenha sido prazeroso, como foi para mim, conhecer e ouvir Nerina Pallot.
Egberto Vital
04 de fevereiro de 2012
Interessante, obrigado por me apresentar um lado de Nerina que não conhecia!
ResponderExcluirBela voz , belíssima interpretação e primorosos comentários sobre esta, até então desconhecida pra nós, Nerina. Valeu.
ResponderExcluirAmigos, muito obrigado pelos comentários.
ResponderExcluirSandy e Nerina! Excelente parceria!
ResponderExcluirÓtimas cantoras!
"Idaho" me fascina! Sem igual!