Uma profusão de coisas boas invadiu minha semana. E acho que uma das melhores delas foi um comentário que vi hoje em um vídeo do Youtube. A jornalista Rachel Sheherazade, do Tambaú Notícias, jornal aqui da Paraíba, demonstrou, no ar, sua verdadeira indignação com a política de Pão e Circo propiciada pelo Carnaval.
Muito corajoso, para uma pessoa pública, sobre tudo da área de jornalismo, expor seus questionamentos em um jornal de grande audiência no Estado, indo de encontro a todas as maquiagens que o período carnavalesco promove. Muito bem embasada, e com argumentos muito bem respaldados, ela, de maneira concisa e coerente desconstruiu toda a fantasia do Carnaval.
Ela inicia seu discurso desconstruindo a ideia de que o Carnaval é uma festa tipicamente brasileira, muito pertinente isso, depois começa a expor as lacunas que são ocultadas pelas fantasias e pelo som trios elétricos, abrindo os olhos da população para os verdadeiros focos do Carnaval, que está longe de ser um festa popular e democrática, já que que os grande benificiários são as grandes cervejarias, os donos de trios elétricos e os poucos artistas Baianos que são figurinhas tarimbadas no Brasil inteiro, vendendo a sua música pífia e sem conteúdo para distrair a população enquanto a burguesia lucra em cima do evento. Interessante também é a desconstrução que ela faz do Carnaval que traz alegria para todos, será que uma pessoa pobre pode dar R$ 80,00 ou R$ 150,00 em um abadá para se divertir da mesma maneira que o rico tem? Seria, nesse sentido, uma festa democrática?
Bem, vou me furtar de comentários, pois os argumentos geniais dessa jornalista falam por si só, assistam:
Egberto Vital
04 de março de 2011
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