Meu coração é um mísero acrobata
um palhaço sarcástico de arena,
gargalha sempre, de feição serena,
contrafazendo a mágoa que o maltrata.
Enquanto em riso a multidão desata,
as piruetas deste clown em cena,
ninguém descobre, na aparência amena,
a tragédia recôndita que o mata.
Mas eu me vingo deste pouco siso,
ao paradoxo do meu próprio riso,
porque a tragédia desse riso insano,
que me remorde e que a ninguém ausculta,
é irmã gêmea da tragédia oculta
que existe em todo coração humano.
(Silvino Olavo)
um palhaço sarcástico de arena,
gargalha sempre, de feição serena,
contrafazendo a mágoa que o maltrata.
Enquanto em riso a multidão desata,
as piruetas deste clown em cena,
ninguém descobre, na aparência amena,
a tragédia recôndita que o mata.
Mas eu me vingo deste pouco siso,
ao paradoxo do meu próprio riso,
porque a tragédia desse riso insano,
que me remorde e que a ninguém ausculta,
é irmã gêmea da tragédia oculta
que existe em todo coração humano.
(Silvino Olavo)
Poeta esperancense.
Há algum tempo este blog vem me chamando a atenção pela qualidade e ineditismo de seus poemas; mas quando vi "O Meu Palhaço" do grande Silvino Olavo, não pude deixar de comentar. Aliás, estou fazendo um trabalho de resgate de suas obras, as quais tenho publicado no blog. Trata-se da "Produção literária de Silvino Olavo". Encontrei recentemente um artigo que ele publicou no jornal "A União" comentando "A Bagaceira" de José Américo de Almeida; e outra pérola, onde SOL escreve sobre o "Habeas-corpus"! Gostaria muito de me comunicar com você Egberto e, quem sabe, trocarmos algumas idéias via NET. Veja também no meu blog "Cantico do Cysne" uma entrevista com Evaldo Brasil. Aproveite e conheça os blogs que administro: "História Esperancense" e "A Estética do Direito". Um forte abraço, Rau Ferreira.
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