O medo nos faz tão crianças
Tão infantis...
Como um moleque acuado embaixo de uma cama
Achando que os estrados são as grades de uma prisão

No fundo,
Temos uma criança medrosa dentro de nós
Isso nos faz tão passíveis ao erro
A escolhas equivocadas
A certezas incertas
A atos impensados
Insanos...
Egoístas...

Às eternas fugas
Esmagadoras da existência dos seres

Não tenho mais medo do arrependimento
E dos erros?
Com eles aprendi a ser forte
A fazer as escolhas certas
A estar com a pessoa certa

Descobri comigo mesmo que sou dois;
O outro, mistério.


(Egberto Vital)

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