Um adeus ao Imortal



E foi-se embora dessa casa. Dessa casca terrena. Eternizado, pois, pelos seus belíssimos escritos. Por seus contos fascinantes. Deixando para nós um fantástico “trem fantasma” de letras fascinantes, feito pelas suas próprias mãos, com todo vigor e empenho. Um verdadeiro wonderland que nos leva às mais profundas experiências poético-literárias. Um poeta certa vez disse que “os bons morrem jovens”. Isso é bem verdade.
Perdas como essa, nos faz refletir o quanto estamos carentes de bons escritores, em tempos em que venenos de escorpiões infestam a arte literária de nosso país com as letras distorcidas de pestes perniciosas, os verdadeiros criadores se vão, mas seus doces frutos se tornam o legado de seres verdadeiramente imortais.
Somos os Matias, amigos deste gênio clássico, levados pelos corredores de suas narrativas fascinantes, descobrindo a beleza da verdadeira literatura, abrindo portões que nos projetam para lugares nunca dantes visitados, construídos por um perfeito arquiteto das palavras, que minunciosamente tercia, em palavras, um universo de surpresas e experiências inigualáveis.
Deixo aqui meu singelo e humilde adeus a Moacyr Scliar, o gênio das letras.


Egberto Vital
27 de fevereiro de 2011

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