A mosca que pousa na merda
É a mesma que pousa na carne,
A carne que serve de aeroporto
É a mesma que serve de ninho
E nós comemos...
O cão que ladra na noite
É o mesmo que morde o ladrão,
O ladrão que corre no medo
É o mesmo que mede a vítima
E nós enterramos...
A ferida que abre na pele
É a mesma que abre no cérebro,
O cérebro que sente o desconforto
É o mesmo que sente o vinho
E nos comemos, nos enterramos.
(Pedro Brasil)
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